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Em julho de 2023, a Controladoria Geral do Estado de São Paulo publicou um Guia Prático para Elaboração, Implementação e Monitoramento do Programa de Integridade para que cada órgão e entidade pública possa implementar seu Plano de Integridade.

Ele traz um passo a passo didático e prático, com sete etapas que orientam sobre todo o caminho para elaborar, executar e monitorar o plano.

Neste artigo vamos analisar o guia e resumir alguns tópicos.

  1. O que é a CGE e qual o seu papel?
  2. O que é um Programa de Integridade?
  3. Sobre o Guia Prático da CGE-SP.
  4. Benefícios de um Programa de Integridade
  5. Como elaborar um código de ética e conduta.

1. O que é a CGE e qual o seu papel?

A CGE é a Controladoria Geral do Estado de São Paulo. Ela foi criada em 2021 e é responsável pelo gerenciamento da contabilidade do Estado, demonstrando os resultados econômico, financeiro e patrimonial, disponibilizando informações claras e transparentes para o processo de tomada de decisões e fortalecimento do controle interno e externo.

Além disso, a CGE também tem como objetivo oferecer mais integridade e transparência à gestão estadual.

2. O que é um Programa de Integridade:

um Programa de Integridade é um conjunto estruturado de ações e medidas institucionais para prevenção, detecção e punição de práticas de corrupção, de fraude, de desvios éticos e de outros ilícitos.

Em outras palavras, trata-se de mecanismos e procedimentos internos utilizados pela instituição, visando fomentar uma cultura ética e de integridade, com políticas e práticas voltadas à transparência pública, à implementação de controles e à responsabilização dos agentes públicos dentre outros.

O objetivo do Programa de Integridade é promover uma cultura de integridade e ética em uma organização, além de mitigar os riscos associados à corrupção, fraude e outras irregularidades.

3. Sobre o Guia Prático da CGE-SP

CGE-SP Guia Prático de Programa de Integridade

O Guia Prático para Elaboração, Implementação e Monitoramento do Programa de Integridade da Controladoria Geral do Estado de São Paulo é um documento que apresenta um passo a passo para a implementação de um programa de integridade efetivo em empresas e organizações. O guia é dividido em 8 passos, que são:

1. Identificação dos riscos à integridade: Nesta etapa, é necessário identificar as áreas/processos suscetíveis à quebra de integridade e possíveis vulnerabilidades associadas. Podem ser utilizadas técnicas como entrevistas, visitas técnicas, pesquisas, brainstorming, diagrama de Ishikawa, método Bow Tie, entre outros.

2. Elaboração do código de ética e conduta: Nesta etapa, é necessário elaborar um código de ética e conduta que estabeleça os valores, princípios e normas de conduta da empresa/organização.

3. Criação do canal de denúncias: Nesta etapa, é necessário criar um canal de denúncias que permita aos colaboradores e outras partes interessadas reportar suspeitas de irregularidades.

4. Capacitação dos colaboradores: Nesta etapa, é necessário capacitar os colaboradores sobre o programa de integridade, o código de ética e conduta e o canal de denúncias.

5. Implementação de controles internos: Nesta etapa, é necessário implementar controles internos para mitigação dos riscos identificados na etapa 1.

6. Realização de auditorias: Nesta etapa, é necessário realizar auditorias para avaliar a efetividade dos controles internos implementados na etapa 5.

7. Avaliação da efetividade do programa: Nesta etapa, é necessário avaliar a efetividade do programa de integridade como um todo, considerando os resultados das auditorias realizadas na etapa 6.

8. Melhoria contínua: Nesta etapa, é necessário implementar melhorias no programa de integridade com base nos resultados da avaliação da efetividade.

O guia também apresenta exemplos de áreas/processos suscetíveis à quebra de integridade e possíveis vulnerabilidades associadas, além de exemplos.

4. Principais Benefícios de um Programa de Integridade

a implementação de um Programa de Integridade pode trazer diversos benefícios para uma empresa, tais como:

1. Prevenção de práticas ilícitas: O Programa de Integridade ajuda a prevenir práticas ilícitas, como corrupção, fraude e desvios éticos, por meio da implementação de controles internos e da promoção de uma cultura ética e de integridade.

2. Redução de riscos: O Programa de Integridade ajuda a reduzir os riscos associados à corrupção, fraude e outras irregularidades, o que pode resultar em economia de recursos financeiros e de reputação para a empresa.

3. Melhoria da imagem da empresa: A implementação de um Programa de Integridade pode melhorar a imagem da empresa perante seus stakeholders, como clientes, fornecedores, investidores e órgãos reguladores.

4. Aumento da confiança dos stakeholders: A implementação de um Programa de Integridade pode aumentar a confiança dos stakeholders na empresa, o que pode resultar em benefícios financeiros e de reputação.

5. Cumprimento de requisitos legais: A implementação de um Programa de Integridade pode ajudar a empresa a cumprir requisitos legais relacionados à prevenção de práticas ilícitas.

6. Melhoria da gestão de riscos: A implementação de um Programa de Integridade pode ajudar a empresa a melhorar sua gestão de riscos, por meio da identificação e mitigação de riscos associados à corrupção, fraude e outras irregularidades.

7. Aumento da eficiência operacional: A implementação de um Programa de Integridade pode aumentar a eficiência operacional da empresa, por meio da implementação de controles internos e da promoção de uma cultura ética e de integridade.

5. Como elaborar um código de ética e conduta efetivo para o programa de integridade?

Para elaborar um código de ética e conduta efetivo para o programa de integridade, é importante seguir alguns passos. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar:

1. Pense na visão de longo prazo do negócio: O código de ética e conduta deve refletir os objetivos da empresa, principalmente no longo prazo.

2. Estabeleça princípios em vez de regras: É importante estabelecer princípios que orientem o comportamento dos colaboradores, em vez de regras rígidas.

3. Seja simples e direto: O código deve ser fácil de entender e seguir.

4. Siga boas práticas de Compliance: É importante seguir as boas práticas de Compliance para garantir que o código esteja alinhado com as normas e regulamentos aplicáveis.

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Anderson Oliveira

Anderson Oliveira é desenvolvedor, escritor e docente no CEETPS - Centro Estadual de Educação Tecnologia de São Paulo. Atualmente trabalha na Administração Central do CPS e leciona aulas de programação na Etec Prof. Carmine Biagio Tundisi de Atibaia.